Mais de 13 mil professores da província do Huambo estão à espera de ver melhorias nas suas folhas de salários, com a implementação do ajuste do qualificador ocupacional da Função Pública, revelou, ontem, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação, Cultura, Juventude e Desporto e Comunicação Social.
Adriano dos Santos, que falava durante uma conferência de imprensa, para a divulgação do Caderno Reivindicativo, proveniente da Federação Sindical, considerou que o aumento salarial é uma das maiores preocupações dos funcionários do Estado, tendo em conta as actuais condições de vida.
Acrescentou que outro grande problema dos professores tem a ver com a mudança da categoria automática, em função da actualização do seu perfil, o que não acontece.
Adriano dos Santos alertou que, se a promoção dos cerca de 13.750 professores não for realizada, o Sindicato vai partir para uma possível greve, a partir de Dezembro deste ano.
Na conferência de imprensa, o responsável sindical ressaltou que o Índice de Desenvolvimento Humano não será dos melhores se não forem feitos investimentos na Educação, assim como tem surgido nos outros sectores sociais.
“É preciso que este rendimento chegue a toda a gente de uma forma equilibrada, para que possamos ultrapassar os índices de pobreza que ainda vivemos no país, e influenciar, positivamente, o Índice de Desenvolvimento Humano, nos próximos anos”, sublinhou o sindicalista.
Adriano dos Santos explicou, ainda, que a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores da Educação não concorda com o que consta nos termos de referência para a realização do concurso de acesso, quanto ao procedimento que limita a mudança de categoria de professores, por apenas um grau.”Temos muitos professores que, com dez anos de tempo de serviço no sector, não transitam, desde 2019, segundo o decreto nº160/8 de 3 de Julho”, explicou.
Júlia Costa |Huambo
Fonte:JA
