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BNA consolida política cambial com combate de “esquemas”

O Banco Nacional de Angola (BNA) está a consolidar o processo da política cambial em Angola, primando por uma melhor organização, eficiência e combate dos “esquemas” nos procedimentos operacionais, afirmou terça-feira o seu governador, José de Lima Massano.

Entrevistado no espaço “Grande Entrevista” da Televisão Pública de Angola (TPA), Lima Massano sublinhou que a substituição do câmbio fixo para o flutuante foi, até ao momento, a melhor medida adoptada, apontado como resultados o saldo positivo da balança de pagamentos e das contas correntes de bens e serviços.

Fruto das opções feitas, no âmbito das políticas monetárias e cambiais em curso, o país deixou de registar situações de operações de atrasados que em Janeiro de 2018 chegaram aos cinco mil milhões de dólares.

O câmbio flutuante, de acordo com Lima Massano trouxe também outras oportunidades para o país, sobretudo na aposta na produção interna que tem vindo a aumentar, com reflexos da redução em 23 por cento os níveis de importação de alimentos, apenas neste primeiro semestre.

Referiu que as instruções dadas aos bancos comerciais, para a execução de operações cambiais até cinco dias úteis, constam das acções que estão a dar resultados no mercado cambial.

Entre as metas, o regulador do sistema bancário quer chegar ao ponto de ter apenas a função de monitorização, fiscalização e supervisionar o mercado.

Actualmente, para o governador, não há necessidades dos cidadãos adquirirem moeda estrangeira no mercado paralelo, uma vez que os bancos comerciais estão disponíveis para o efeito.

” As reclamações junto do BNA em termos de operações cambiais têm baixado muito nos últimos tempos “, disse o governador, sustentando ser funcional o sistema de aquisição, apelando à apresentação de evidências de certos erros para serem corrigidos.

Uma das maiores preocupações do BNA está ligada à existência de cidadãos, que por falta de informação, se sentem sem alternativas para a aquisição da moeda estrangeira optam pelo mercado paralelo, onde correm vários riscos, como a compra de notas falsas.

Considerou ser agora muito reduzido o volume de moeda estrangeira transaccionado no mercado paralelo, sobretudo nesta fase da Covid-19.

“Fizemos um trabalho de campo recente sobre o mercado e desse trabalho constatou-se que há operações que vão acontecendo, que são ilícitas, mas muito pequenas que ocorrem na rua”, avançou.

O ponto de entrada e notas estrangeira para o mercado informal está fechado, um trabalho que foi facilitado com o surgimento da Covid-19, que ajudou a detectar e reverter de forma, temporária, um problema que o BNA quer que seja definitivo.

Segundo o gestor, as divisas obtidas com a reexportação e venda de mercadorias de Angola para outro lado da fronteira é que alimenta o mercado paralelo, uma vez que os valores resultantes do negócio não entravam para o sistema financeiro.  

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