Sábado, Abril 20, 2024
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Mais de 2.700 cidadãos detidos pelo SIC

Um total de 2.735 elementos foram detidos e cerca de 20 associações criminosas foram desmanteladas, pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), em todo o país, durante as 811 micro-operações da mega ofensiva “Operação Cacimbo”, durante um período de aproximadamente 80 dias, anunciou o porta-voz da instituição.

Manuel Halaiwa disse que, na operação iniciada a 2 de Junho e com término previsto para 20 de Setembro, sublinhou que, até 12 de Agosto, permitiu o esclarecimento de 1.588 crimes de natureza diversa, com realce para mais de 50 homicídios, dos quais 31 qualificados, 13 simples, seis negligentes e duas tentativas de homicídios.

O porta-voz do SIC realçou que foram, ainda, esclarecidos 328 roubos, dos quais 139 qualificados, 190 furtos, com destaque para 33 qualificados, 45 ofensas à integridade física, 42 de tráfico e venda de drogas (cocaína, liambas e outro tipo de estupefacientes), 31 tráfico e porte de armas de fogo e  16 falsificações de documentos.

O SIC esclareceu, também, 22 agressões sexuais, 17 abusos sexuais de menores de 14 anos, 13 burlas por defraudação, nove associações de malfeitores e igual número de furtos de motorizadas, uso de documentos falsos, oito desobediências, sete danos de materiais e seis de abuso de confiança.

Manuel Halaiwa salientou que quatro roubos de viaturas, três sequestros, uma tentativa de roubo e igual número de tentativas de furto de uma viatura, de arruaça e de encobrimento foram, igualmente, esclarecidas. Dos crimes acima referenciados e esclarecidos, pelo menos 342 são de natureza económica, que permitiram a detenção de 334 elementos, sendo 74 estrangeiros envolvidos na violação das normas de abastecimento ajustadas ao público consumidor. 


Mais de 150 armas apreendidas

O porta-voz do SIC avançou que 1.177 mandados, sendo 1.092 de detenção, 51 de captura e 35 de busca, revista e apreensões, implicados nas diversas tipicidades criminais, foram cumpridos no período em referência.
Manuel Halaiwa referiu que foram apreendidos diversos meios, com destaque para 157 armas de fogo de diversos modelos e calibres, 39 carregadores, 161 munições, uma granada F-1, 141 viaturas, 161 motorizadas, 74 telemóveis, 994.831 quilogramas  de estupefacientes e 40.955 dólares.

Crimes mais relevantes

O oficial do SIC esclareceu que, dos crimes mais relevantes e esclarecidos, destacam-se os casos de sequestro, concorrido com homicídio voluntário, de 26 de Julho, no bairro Rocha Pinto, uma acção praticada por dois elementos (já detidos), com idades entre 22 e 45 anos.

Também foi apreendida a viatura de marca Toyota, modelo Corolla, vulgo “Bolinha”, utilizada como meio de apoio, nesta acção que vitimou um menor de 15 anos, de nome Adilson Adão Chaves de Sousa.

Este menor tinha recebido uma ligação telefónica de um dos marginais, por sinal seu conhecido, marcando um encontro num dos supermercados de Viana, para juntos almoçar. Do local, onde estiveram os demais integrantes do grupo, rumou-se para o Quilómetro 36, numa zona despovoada e ali foi morto o Adilson.

“Para não deixar vestígio, carbonizaram o corpo, tendo o SIC apurado que a ideia era a extracção do órgão genital do menor para suposto ritual de feitiçaria”, esclareceu o oficial.  Um outro homicídio qualificado ocorreu no dia 24 de Junho, no bairro Benvindo, junto ao Cemitério do Benfica, em Luanda, por meio de disparo de arma de fogo do tipo AKM, concorrido ao roubo da viatura de marca Toyota Prado e diversos artigos no interior de uma residência.

A vítima desse caso, a cidadã Cristina Kissara, de 45 anos, era enfermeira do Hospital Américo Boavida. Nesse episódio, os acusados são quatro jovens, com idades entre os 21 e 31 anos, conhecidos por Vany, Man-Tonas, Gaby, Dodó, já detidos. Outro caso de homicídio qualificado, também, esclarecido foi a morte, com arma de fogo do tipo AKM, ocorrido no dia 27 de Maio do corrente ano, no município de Cazenga, em que foi vitima Alfredo Avelino.
Nesse processo, foram detidos dois cidadãos, conhecidos por João, de 41, e Bunga, 39 anos, como presumíveis autores.

 
Desmentidas as 35 mortes diárias

Manuel Halawia aproveitou, durante a apresentação do balanço, para considerar serem infundadas as informações segundo as quais, em Luanda, ocorrem 35 homicídios todos os dias.

O porta-voz do SIC referiu que “nem a nível do país já se registou este número”. Considerou estável a situação de segurança pública no país, não obstante determinados crimes violentos que ocorrem e que têm merecido a consequente repreensão deste e dos demais órgãos de Defesa e Segurança.

“Todos esses casos, mediante as detenções, são apresentados ao Ministério Público para a devida responsabilização criminal”, disse para assegurar que o SIC e parceiros vão continuar implacáveis no combate à criminalidade no país.

Fonte:JA

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