Quinta-feira, Abril 18, 2024
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Obras das infra-estruturas integradas de Caxito recebem visita do Presidente

O Presidente da República, João Lourenço, efectua, a partir de hoje, uma visita de trabalho de dois dias à província do Bengo.

Uma nota da Casa Civil do Presidente da República refere que do programa da missão constam visitas a dois empreendimentos agrícolas, a uma fábrica de materiais de construção e às obras das infra-estruturas integradas da cidade de Caxito, a capital da província.

 Outro ponto alto da agenda é a reunião do Conselho de Governação Local que o Titular do Poder Executivo orienta amanhã.

O Conselho de Governação Local é um órgão auxiliar e colegial do Presidente da República na formulação e acompanhamento da execução das políticas de governação da Administração local do Estado. Reúne-se duas vezes ao ano, sob direcção do Presidente da República, e dele fazem parte o Vice-Presidente da República, os ministros de Estado, titulares de departamentos ministeriais, os governadores provinciais e outras entidades.

A visita de trabalho ao Bengo vai também incluir audiências do Presidente da República a representantes das autoridades tradicionais, autoridades religiosas, da classe empresarial local e da juventude.


“Visita vai servir para abordar questões candentes”

A governadora do Bengo, Mara Quiosa, disse que vai aproveitar a presença do Presidente da República, João Lourenço, para abordar questões mais candentes da província.
Salientou tratar-se de uma oportunidade que não acontece sempre, razão pela qual disse haver uma grande expectativa em torno da sua visita. “Estamos muito felizes, pois não é todos os dias que temos a oportunidade de ter o Presidente nas nossas províncias”, frisou.

A governadora destacou o facto de a visita do Presidente da República, à província, estar a acontecer duas semanas depois de aprovar dois “importantes projectos” para o Bengo. Mara Quiosa referia-se à construção da Centralidade de Caxito, um projecto que, como referiu, surge para dar resposta à inquietação da juventude relacionada à habitação. Consta, igualmente, do leque de projectos em carteira, a construção do Hospital Provincial do Bengo.

A governadora ressaltou que esta iniciativa vai dar mais conforto aos utentes, bem como melhorar o espaço de serviços dos profissionais de saúde local. Outro projecto da província referenciado pela governadora como a cereja do Bengo é o Projecto das Infra-estruturas Integradas de Caxito, iniciado em 2014. Orçado em 69 milhões de dólares, o mesmo esteve paralisado devido a questões financeiras, mas voltou a ganhar vida depois de ser inserido no pacote do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).

 Referiu que a iniciativa vai dar outro rosto à cidade de Caxito. “Trata-se de um projecto que tem o seu escopo de trabalho a asfaltagem de cerca de 14 quilómetros de estrada, a colocação de todas as redes técnicas, passeios e lancis”, declarou a governadora, para quem está também salvaguardada, no âmbito deste projecto, a questão da iluminação pública e a construção de uma bacia de retenção. “Como sabem, a nossa cidade estava na iminência de ser inundada, porque a quota do rio era mais alta em relação à da própria cidade”, disse.

A previsão de conclusão deste projecto, segundo a governadora, está prevista para este ano. A visita do Presidente da República à província do Bengo está a ser aguardada com muita expectativa pela população local.  


Grandes desafios e inúmeras oportunidades


Em entrevista recente ao Jornal Angoleme, publicação regional da Edições Novembro, a governadora Mara Quiosa disse que o Bengo é uma província onde existem grandes desafios e inúmeras oportunidades, com muitas acções em curso, visando a melhoria das condições de vida das populações locais.

Segundo Mara Quiosa, a província precisa de um esforço colectivo na mobilização de recursos financeiros e de investidores, para os diferentes sectores da economia, com realce para a Agricultura e Indústria transformadora, fundamentais na geração de emprego e aumento da receita das famílias.

Desde 2018 à frente da província, a governadora referiu que o principal foco reside, desde o início, na busca de soluções para a conclusão dos inúmeros projectos iniciados pelos antecessores. “Fomos confrontados nestes anos com o agravamento da crise económica e financeira, que implicou a redução dos recursos disponíveis, pelo que foi necessário definir prioridades. Perante este cenário e por falta de verbas, engajámo-nos em dar continuidade a algumas iniciativas interrompidas”.

Construção de mil apartamentos


A governadora Mara Quiosa informou que o Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território vai dar início, nos próximos meses, à construção de mil apartamentos no interior da cidade de Caxito.

“Já identificamos uma área de 25 hectares para a implantação de edifícios de quatro andares. É um projecto que deverá ter início ainda este ano. Queremos dar maior dignidade à nossa cidade. Esse projecto vai representar uma mais-valia para os habitantes da capital do Bengo”, sublinhou.


Energia e Águas

Mara Quiosa reconheceu que a província apresenta ainda um défice muito grande no fornecimento e distribuição de água e energia eléctrica às populações locais, particularmente nas zonas rurais, com ênfase para os municípios e comunas do chamado Triângulo (Bula Atumba, Dembos e Pango Aluquém).
A rede de transporte da energia proveniente da barragem das Mabubas, disse, foi destruída durante a guerra e cuja reposição exige um investimento avultado. Informou que estão em negociações conduzidas pelo Ministério de tutela, com o Governo da Suécia.

Enquanto isso, esclareceu, a solução tem sido o recurso a geradores, com capacidades limitadas e grandes gastos em combustíveis. “Já instalamos e vamos continuar a instalar pequenos sistemas de água, a partir de furos artesianos, com o apoio do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza”, enfatizou.

Outra preocupação, segundo Mara Quiosa, tem a ver com o estado das vias secundárias e terciárias, fundamentais para o escoamento da produção agrícola, que estão paulatinamente a ser intervencionadas, graças ao aumento da capacidade das administrações municipais, com a aquisição de kits de terraplanagem, através do PIIM.

Em relação aos sectores da Educação e Saúde, Mara Quiosa lembrou que a província tinha, em 2018, 16.732 crianças fora do sistema normal de ensino e hoje esse número baixou para três mil.

No âmbito do PIIM, existem 25 projectos de construção, reabilitação, ampliação e apetrechamento de escolas. Na saúde, entrou em funcionamento o Centro de Distribuição de Gases Hospitalares e reactivado o Centro Provincial de Sangue.

Foram criadas condições para receber e acolher sete médicos cubanos, que estão a reforçar as equipas em todos os municípios (Ambriz, Bula Atumba, Dande, Dembos, Nambuangongo e Pango Aluquém).
No Panguila, disse, “vamos construir um hospital de referência”, cuja primeira pedra foi lançada recentemente.

Fonte:JA

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