Um total de 22.922 postos de trabalho foi criado, em todo o país, através da execução do Plano de Acção para a Promoção da Empregabilidade (PAPE), desde o seu lançamento em 2019, revelam dados apresentados, quinta-feira, em Luanda, pelo secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social.
Pedro Filipe, que falava durante o briefing do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS) com os jornalistas, disse que a referida cifra representa 27,45 por cento da meta estabelecida pelo PAPE de beneficiar, directamente, 83.500 jovens.
O secretário de Estado esclareceu que a subida exponencial dos números do PAPE passarão a ser mais evidentes até ao final do ano, tendo em conta a nova dinâmica de distribuição e da autonomia dada aos serviços provinciais do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP).
Pedro Filipe reconheceu que as empresas e as instituições públicas não terão a capacidade de resolver o problema da empregabilidade. Por este motivo, uma das linhas estruturantes de execução do PAPE tem a ver com o incentivo ao empreendedorismo.
Nesta iniciativa, o PAPE tem feito parcerias com instituições financeiras bancárias, no sentido de conceder micro-crédito aos jovens que se candidatam ao plano, tendo como meta dez mil beneficiários, sendo que, neste momento, 3.722 já foram contemplados.
O secretário de Estado esclareceu que a taxa de juro para o micro-crédito é bonificada e corresponde a 1.67%, com um período de graça de três meses, para depois ser pago em um ano.
Pedro Filipe disse que os valores do micro-crédito estão estipulados em 300 mil kwanzas, mínimo, e vão até aos sete milhões.
Dentro do PAPE está também inserido o fomento ao autoemprego, destinado essencialmente para a distribuição de kits profissionais, mediante criterioso processo de selecção, após um período de formação, em que os jovens recebem materiais de diversas profissões, desde a jardinagem, carpintaria, alvenaria, corte e costura, culinária, serralharia, electricidade e cabeleireiro.
O responsável esclareceu que os kits servem de incentivo para fomentar a empregabilidade, sendo que a meta de distribuição é atingir 42 mil pessoas, tendo já abrangido 5.132 jovens.
Estágios profissionais
Noutra vertente, o secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social assegurou que os estágios profissionais são pagos pelo Estado, num valor que vai até 60 mil kwanzas por mês.
Pedro Filipe considera que o estágio profissional é uma ferramenta valiosa para viabilizar a inserção dos jovens ao mercado de trabalho.
Referiu ser normal que, pela falta de experiência de alguns jovens quando saem das universidades e dos centros de formação profissional, os empregadores tenham algum receio em empregá-los.
Mas, referiu que esta ferramenta, o PAPE, tem ajudado a quebrar estas barreiras, assumindo em seis meses o salário referente ao estágio.
Neste momento, 478 jovens estão em estágios profissionais em empresas da Câmara do Comércio de empresas chinesas, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), União Europeia, na fábrica têxtil de Benguela e na Petromar.
Pedro Filipe realçou que “se não investirmos na formação profissional e capacitar convenientemente os nossos quadros, dificilmente vamos alcançar os resultados esperados”. O PAPE visa alcançar 83.500 jovens, até 2022, nas vertentes da formação, empreendedorismo, micro-créditos, distribuição de kits profissionais e estágios.
Fonte:JA